quarta-feira, 11 de maio de 2011

Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, (São João da Boa Vista, 9 de junho de 1910 — Santos, 12 de dezembro de 1962) foi uma escritora e jornalista brasileira. Militante comunista, teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922. Foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.
Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas “extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões. Ela não queria saber o que pensavam dela, tinha muitos namorados e causava polêmica na sociedade. Esse comportamento não era nada compatível com sua origem familiar, que era uma tradicional família e muito conservadora.
Ao contrário do que se propaga, Pagu não participou da Semana de Arte Moderna. Tinha apenas 12 anos, em 1922, quando a Semana se realizou. Em 1925, com quinze anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy.
O apelido Pagu surgiu de um erro do poeta modernista Raul Bopp, autor de Cobra Norato. Bopp inventou este apelido, ao dedicar-lhe um poema, porque imaginou que seu nome fosse Patrícia Goulart e por isso fez uma brincadeira com as primeiras sílabas do nome.
Com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital (São Paulo, 1928) e já está integrada ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. É logo considerada a musa do movimento.
Em 1930, um escândalo para a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagu. Especula-se que eles eram amantes desde a época que Oswald era casado. No mesmo ano, nasce Rudá de Andrade, segundo filho de Oswald e primeiro de Pagu. Os dois se tornam militantes do Partido Comunista.
Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos Pagu é presa pela polícia política de Getúlio Vargas. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida. Logo depois de ser solta, em (1933), partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido e o filho. No mesmo ano, publica o romance Parque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)



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